Apresentando o Net Core 1.0 e o Novo ASP.Net
Apresentando o Net Core 1.0 e o Novo ASP.Net
Em fevereiro de 2012 a Microsoft lançou sua plataforma de desenvolvimento – o .Net Framework. Um grande conjunto de bibliotecas e um runtime capaz de executar tudo. Foi, também, quando conhecemos o Asp.Net.
Desde então o Framework e o ASP.Net vêm passando por ciclos de melhorias num processo constante de evolução e, desde o início, a preocupação multiplataforma esteve presente.
Uma das mudanças que o .Net Framework trouxe foi que até então programávamos para um sistema operacional e a partir dele passamos a programar para um framework. O desenvolvimento continuava sendo Windows, mas a execução poderia acontecer em qualquer plataforma onde houvesse um Framework e seu runtime.
Por sua vez o ASP.Net com seus WebForms mudou a forma como aplicações web eram desenvolvidas oferecendo um modelo de programação similar ao utilizado em aplicações desktop e fez história.
Com o tempo nós vimos o surgimento de vários frameworks. Não só novas versões, como resultado do processo evolutivo, mas também versões destinadas a atender as necessidades de diferentes plataformas. Vimos também, durante este período, o surgimento de outras tecnologias como o Entity Framework e o ASP.Net MVC que também ganharam seu conjunto de versões.
Isto criou uma situação bastante delicada quando o assunto era atualizações de versões em ambientes de produção e limitado no que diz respeito a troca de experiências ocorridas em plataformas diferentes.
O que a Microsoft precisava era de um framework que valesse todos os demais. Um que fosse portátil, modular e multiplataforma – único.
Daí surgiu o .Net Core 1.0.
Não se trata de uma continuação do framework anterior. Pode ser visto desta forma, pois convive lado a lado com ele, mas é outra história.
É um framework totalmente novo. Tudo foi reescrito e, felizmente, convive com tudo o que aprendemos até aqui. O que se fez foi pegar o Framework 4.6 e reescreve-lo, só que menor, modular, mais rápido e multiplataforma.
Não foi só o framework que mudou de nome – .Net Core 1.0 – o ASP.Net mudou para ASP.Net Core 1.0, o MVC mudou para ASP.NET Core MVC 1.0 e o Entity Framework mudou para EF Core 1.0. Tudo novo.
Mas, e no ASP.Net o que mudou?
Não tem mais o System.Web. A principal biblioteca de desenvolvimento do ASP.Net. Responsável pela execução de várias tarefas criticas em uma aplicação deixou de existir.
Com o passar do tempo esta biblioteca foi ganhando novas funcionalidades igualmente críticas para atender as demandas das novas aplicações e o resultado é que hoje toda aplicação ASP.Net depende dela. Isto por si só não é um problema, mas se torna um quando o assunto é multiplataforma uma vez que o System.Web tem uma forte dependência (acoplamento) dos recursos do Windows.
Então ela foi abolida. Na verdade, foi reescrita em bibliotecas menores e disponibilizadas na forma de pacotes que podem ser instalados quando e se precisar. Pague apenas pelo que utilizar.
Todos os pacotes podem ser obtidos, instalados e gerenciados através do Nuget, uma ferramenta para este fim presente no Visual Studio.
Multiplataforma significa rodar em diferentes plataformas. Significa, também, que diferentes plataformas possuem diferentes funcionalidades, capacidades e diferentes abordagens na solução de problemas. Sendo o .Net Core 1.0 único e comum a todas elas como continuar evoluindo aproveitando e compartilhando estes recursos e estas experiências?
E aí que entra a estratégia Open Source da Microsoft. Muito esforço foi dedicado para torna-lo multiplataforma, mas é a troca de experiências quem realmente abre as portas para as inovações.
Por exemplo: ASP.Net é uma tecnologia rica, rápida e sua IDE, o Visual Studio é uma ferramenta excelente, mas é for Windows.
O .Net Core, o ASP.Net Core, o próprio Visual Studio agora são open source.
A Microsoft está dando um importante passo para a continuidade de sua plataforma de desenvolvimento oferecendo uma plataforma mais leve, modular e rodando em diferentes ambientes. Pela primeira vez, temos todo o código fonte disponível no GitHub. Tudo pode ser remodelado e modificado baseado nas necessidades de cada plataforma e nas experiências vividas por cada desenvolvedor ou equipe.
Open source significa código aberto, mas também significa compartilhamento e reaproveitamento. Ao disponibilizar seus fontes a Microsoft está possibilitando que esta troca de experiências aconteça de uma forma sem precedentes e isso é ótimo para que a comunidade possa desenvolver e melhorar cada vez mais o produto.
Foi dado o primeiro passo de uma longa e nova jornada e muitas novidades devem surgir daqui para a frente. Continuaremos acompanhando.